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Qual é o seu vício do momento? Você consegue identificar? Você chama-o de positivo ou negativo?
Se você está na dúvida, vou deixar mais fácil pra gente pensar juntos: vício negativo é aquele que você não reconhece como vício publicamente, mas você tem consciência que te afeta negativamente e você até quer parar, mas não consegue ou adia para sempre o início do combate a ele por algum benefício que você acha que ele te trás. Vicio negativo é difícil de lidar, tanto pelo hábito em si como pelo enfrentamento a própria psique, cheia de medos, vergonha, dependência – química e psicológica.
O vício positivo é bem diferente: é aquele que você tem orgulho de dizer que tem, é um vício público, uma parte da sua personalidade, que você não vê como vício apesar do mundo inteiro ao seu redor te dizer o que está realmente acontecendo. Esse tipo de vício é também difícil de lidar, porque nem sabemos que ele está lá.
Nós somos gênios em descobrir vícios e seus pontos problemáticos. Nos outros. Em nós mesmos a coisa é bem diferente e talvez a gente só perceba nossos “vícios positivos” depois de anos de continuado malefício. Bastante pelo fato da gente não se permitir parar e descobrir como estamos, o que temos feito com o nosso tempo e espaço, que pensamentos estamos gerando em nossa mente e como temos lidado com o fato de sermos quem somos. Porque, no gerenciamento de ser quem você é descobrimos quem somos abaixo da superfície.
Você pergunta pra mim: o seu vício é levantar perguntas sem respostas, deixar a gente com pulga atrás da orelha e ir embora? É alguma estranha estratégia para ter novos alunos de Ki Aikido e isso funciona?
Não, não, juro que não. Escrever é colocar em palavras as perguntas que estamos fazendo a nós mesmos, na esperança de que alguma epifania surja e nos ajude neste momento. Compartilhar com os outros vem do desejo de que a reflexão possa gerar respostas na comunidade ou, quem sabe, uma reflexão bem-vinda que possa auxiliar no bem estar da vida de alguém.
Mas e se este texto não tiver efeito?
A gente tenta de novo. Porque, assim como àqueles que batalham contra vícios terríveis, sabemos que é a insistência que poderá abrir melhores possibilidades para o dia de hoje e de amanhã. E de depois de amanhã. E depois. E depois. E depois.
Andrei Moscheto
coordenador do Instituto Shukikan
Foto de cottonbro no Pexels
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