Ontem fiz uma pequena experiência na aula matinal de Ki Aikido: não expliquei nada verbalmente.
Das 8h da manhã até 9h15 nosso grupo de alunos observou os hitoriwazas (técnicas sozinho) e os repetiu, depois o mesmo com os kumizawa (técnica com o outro). Não sabia exatamente como ia pedir para as pessoas pararem, se cumprimentarem, ou nada disso pois, assim como eles, dar uma aula assim foi uma surpresa.
A aula surgiu de uma desconfiança que tenho sobre a efetividade da comunicação verbal. Muitas vezes o sensei, acostumado a falar sobre uma técnica especifica, fica repetindo sua mesma frase de efeito e isso não garante que o estudante imediatamente começará a fazer o que é requisitado.
Basta imaginar que, se você tivesse uma turma de crianças que nunca jogou basquete. Você entra na sala de aula e diz "Crianças, basquete é assim". Você acha que, saindo da aula e entrando na quadra, elas já sabem bater bola, driblar, arremessar?
Professores podem ficar encantados com suas próprias palavras e achar que, assim, conseguiram ensinar seus alunos. Ontem foi o dia de ficar em silêncio para observar o movimento dos ukemis, apreciar tudo o que os nossos alunos aprenderam em nosso dojô e planejar onde focar as aulas antes do exame e depois do exame de dezembro.
É sempre muito bom o quanto as aulas e o continuo treinamento, dentro do Shukikan Dojô, podem ensinar a todos no tatame.
![](https://static.wixstatic.com/media/9424f3_4f587002ffaf4581a4f87d5311a53441~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_653,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/9424f3_4f587002ffaf4581a4f87d5311a53441~mv2.jpg)
Obrigado a vocês, todxs, por colaborarem com a continuação do caminho.
Comments