O ano está naquela fase do quase. Tá quase terminando, tá quase começando o ano seguinte, a pessoa tá quase de férias ou tá quase assumindo a bucha de segurar o escritório enquanto outras pessoas tiram férias. É o famoso momento da calmaria que antecede a tormenta, né?
Com aquele cheiro de caderno novo, zeradinho, recém comprado na papelaria (caso você seja de uma geração pós papel, digitalizada, é o mesmo que mexer no celular/laptop/tablet depois de uma formatação e upgrade), a promessa do novo ano nos enche de esperança sobre como será ou como serei.
No mundo você não tem controle. Nas pessoas ao redor você não tem controle. Mas a sensação de "caderno novo" trás em nós o devaneio sobre o novo controle que teremos sobre nós mesmos.
- Não vou mais comer açúcar!
- Não vou mais brigar em rede social!
- Farei exercícios todos os dias!
- Mandarei "bom dia" no grupo da família todos os dias com um GIF de gatinho cintilante.
A gente sabe que todas as promessas, menos a última, são muito difíceis de cumprir, mas o fenômeno do "caderno novo" nos dá um belo impulso rumo a uma tomada de novas e boas decisões. Então, que tal a gente aproveitar esse momento, em que estamos sonhando com um futuro melhor, e começarmos a mudar o seu presente?
Seja lá qual for o seu sonho/vontade neste dia de hoje, coloque isso em uma pequena prática do dia, mas não pense nisso como se fosse um SACRIFÍCIO (palavra boa de se usar próxima a época do Natal). Tudo que a gente pensa que é um SACRIFÍCIO é doloroso, terrível, difícil, agonizante, sinônimo, sinônimo, sinônimo.
Pense que é apenas você vivendo o seu sonho.
Você está praticando um sonho que você mesmo sonhou pra si. É como se a gente buscasse hackear o nosso próprio HD para que ele faça coisas por nós que a gente queria mesmo que ele já fizesse.
Atos de sonho futuros podem (e devem) mudar as nossas boas atitudes conosco. Aproveite o seu sonho e preencha o seu caderno novo da maneira que quiser.
Andrei Moscheto
coordenador do Instituto Shukikan
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