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Quando eu posso começar algo?

Foto do escritor: Andrei MoschetoAndrei Moscheto

Eu nunca fiz isso.


Eu não sou bom o suficiente.


Eu nunca vou ter capacidade para.


Coisas assim passam pela nossa cabeça quando queremos começar alguma coisa nova em nossas vidas. No nosso Instituto encontramos várias dessas pessoas, que duvidavam de sua capacidade motora em algum nível, que não achavam possível praticar artes marciais, e que descobriram que é possível sim. Dependendo de quais sejam as suas expectativas.


Se a sua vontade é descobrir as possibilidades do seu corpo: SIM, isso é mais que possível.


Se você acha que pode ir mais além do que está no momento: SIM, é muito provável que seja verdade.


Agora, se você nunca encostou numa bola de futebol na vida e você gostaria de ser o próximo Messi ou Marta dentro de 4 meses, aí eu serei obrigado a realisticamente te dizer que: SIM, é possível – mas ALTAMENTE improvável.


O maior inimigo de iniciar algo novo nas nossas vidas não é o nosso despreparo inicial, é a EXPECTATIVA de que deveríamos ser proficientes mesmo antes de começar. Antigos filmes e seriados já colocavam essa ansiedade de boa performance na gente, mas as redes sociais levaram isso a patamares delirantes. A pessoa nem quer passar pelo aprendizado, ela já queria saber quanto encostou na porta. Ela não quer saber de fracassos, de barreiras, de superação, de tempo gasto. Ela quer o “sucesso” de se fazer algo muito antes de fazer algo.


Talvez você ame futebol, mas tem medo de tocar na bola por já saber que você não será uma Marta ou Messi, e aí vem a nossa pergunta: você realmente precisa ser uma pessoa genial nisso para que te traga felicidade? Não bastaria você passar pela experiência de jogar? E como você vai saber o que você poderia ser ou deixar de ser sem nem tentar?


Naquilo que nos cabe, dentro do nosso Instituto, a gente espera que fazer atividades conosco ajude você a começar a fazer aquilo que se quer, sem a expectativa de perfeição, e que você possa aceitar a beleza que existe na curva de aprendizado.


Ah, e outra coisa: se por acaso a gente te ajudar e você virar uma Marta ou Messi, você dedica um gol pra gente? Seria muito divertido!


Andrei Moscheto

coordenador do Instituto Shukikan


foto de Keira Burton no Pexels


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