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Os princípios básicos do Ki

Wilson Sagae

(Livro: Ki in Daily Life, capítulo 4 p. 20 a 21 )

Desde de tempos passados no oriente, a palavra Ki tem um uso amplo para várias coisas desde o Ki universal até para as coisas cotidianas ao nosso redor, muitas pessoas que utilizam esta palavra não compreendem a extensão da conexão do Ki cotidiano com o Ki universal, ou até mesmo que ambos estão conectados a tudo.

1. A Natureza Básica do Ki

O universo no qual vivemos atualmente possui cor e forma de acordo com a percepção de nossos cinco sentidos. Mas qual é a natureza real deste universo?

Tudo o que tem forma deve ter um início. Por exemplo, dizem que o sol está resplandecente agora, mas deve ter havido um começo para o fogo. Também deve ter havido um fogo antes do começo do fogo. Se traçarmos a origem de todas coisas, chegaremos a um ponto no qual nada existia. Por outro lado, nada não pode originar outra coisa. Zen usa o termo mu que significa ausência total, mas não uma ausência completa; isso é Zen mu significa um estado que , apesar de nada existir, ainda existe algo.

Falando matematicamente, a entidade básica da matemática é o número um. A Terra é uma, Um seixo é um. Se for reduzido a metade, o que resta também é um. Se for infinitamente reduzido a metade, não se torna zero. Se existe um , a metade disso sempre existe. Ki é a junção infinita de infinitas partículas pequenas. Deste modo o Sol, as estrelas, a Terra, plantas, animais e mente e corpo humano foram todos nascidos do Ki do universo.

A partir do Ki, a substância real do universo, vieram movimento e calma, junção e ruptura, tensionamento e afrouxamento, e muitas ações mútuas que deram forma ao universo atual. Ki não possui começo ou fim; seu valor absoluto não aumenta nem diminui. Somos unos com o universo, e nossas vidas são parte da vida do universo. Desde antes do começo do universo, e até mesmo agora, seu valor absoluto existe como um fato sólido no qual nascimento, crescimento, morte e dissolução continuam a ocorrer.

A Igreja Cristã chama a essência do universo de Deus e suas ações Providência de Deus. Em outras palavras, Deus existe no mundo e a Providência de Deus é um processo que nunca termina.

Na Ki Society é feita distinção entre Ki usado diariamente e o Ki universal – a essência real do universo. Chamamos o trabalho do universo as regras do universo.

Nossas vidas foram nascidas do Ki, para onde devem retornar algum dia, Aos olhos do corpo nossas vidas parecem desaparecer na morte, mas do ponto de vista do espírito, nada desaparece. Existimos antes e continuaremos a existir futuramente. Ver algo com o olhar do espírito significa olhar isso com o ponto de vista da essência real. Do ponto de vista da essência real do universo, todos nós, todo o mundo, toda humanidade, todos vieram do mesmo ventre com todas árvores, toda grama, tudo e até mesmo as nuvens e névoas. É possível haver uma razão para luta ou ódio? Você será inicialmente capaz de entender o espírito de amar e proteger todas as coisas e a injunção contra a luta se você ver a questão do ponto de vista da essência básica do universo.

Nossas vidas são como a quantidade de água que poderíamos tirar do grande mar e segurar nas nossas mãos. Chamamos isso de “eu”. Sim, é o mesmo que chamar a água de nossa água porque nós a seguramos em nossas mãos. Por outro lado, do ponto de vista da água, é parte do grande mar. Apesar de abrirmos nossas mãos a água retornar para o mar, mesmo que permaneça em nossas mãos a água está em confluência com o grande mar. Se recusarmos a deixar a água fluir ela se tornará viciada.

Nossas vidas são parte do Ki universal contidas na carne de nossos corpos. Apesar de dizermos que isso é “eu” visto com os olhos da mente , na verdade é o Ki universal. Mesmo que o Ki é contido na carne, está em confluência e é ativo como parte do universo. Quando respiramos, respiramos o Ki do universo para dentro de todo nosso corpo. Quando a confluência de nosso Ki e do Ki universal está inalterado, estamos em boa saúde e ativos. Quando o fluxo se torna lento, tornamo-nos apáticos e quando o fluxo cessa morremos.

No treinamento em Ki sempre praticamos o envio de Ki adiante, porque ao fazer isso, o Ki do universo pode entrar em nossos corpos melhorando a confluência entre os dois. Se pararmos o fluxo de Ki, Ki novo não pode entrar e o fluxo torna-se pobre. Por esta razão a prática enfatizando o envio adiante de Ki visa não somente a melhoria das técnicas marciais, mas também facilita a confluência de nosso Ki com o Ki universal. Esta é uma forma extremamente sadia para maximizar a energia vital de uma pessoa.

Os japoneses disseram por séculos que morrer é o mesmo que ir para casa, mas sem convicções fortes é impossível assumir tal atitude. Somos unos com o Ki universal, e morrer significa somente retornar ao Ki universal. Deveremos usar todas nossas forças enquanto estamos vivos e toda nossa força após a morte. Essa fé indestrutível é essencial para o sucesso.

(Trad. Kendi Chikude)

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