A pessoa chega para fazer aulas de Ki Aikido conosco, muitas vezes, com a expectativa da luta e da defesa pessoal lá em cima. Aí ela descobre que é uma prática que busca a harmonia da mente e do corpo atrás de movimentos marciais, que os fundamentos dos movimentos são de luta mas a busca de aperfeiçoamento está mais próxima do meditativo dinâmico do que da competição. As pessoas que preferem esse caminho ficam encantadas, entendem a busca, mas aí elas são apresentadas ao treino de armas - e é aqui que a cabeça dá um nó. Como é que tem treino de armas numa técnica que se diz pacífica, em busca do equilíbrio? Primeiro, é sempre importante lembrar: equilíbrio, harmonia, meditativo à parte, shinshin toitsu aikido (o "nome completo" do nosso estilo, abreviado para ki aikido por motivos óbvios) ainda é, na sua origem, uma luta. Diretamente baseado no Aikido de Morihei Ueshiba Sensei que, por sua vez, é baseado em técnicas violentas de daito-ryu, ki aikido foi deixando de lado muito do letal e se aperfeiçoando no equilíbrio - mas, ainda assim, uma luta. Segundo, o aprendizado da potencialidade dos nossos corpos pode ser muito auxiliado por ferramentas. Ao empunharmos uma espada de madeira (chamada "bokken") ou um bastão longo (chamado "joo"), o empenho de atenção e fisicalidade necessários para executar os movimentos específicos das armas pode acelerar a compreensão da consciência corporal que esta arte marcial demanda. Terceiro, tradição. Ao executarmos movimentos que foram considerados chave pelos professores que nos antecederam, estamos abrindo a nossa percepção para atravessar as mesmas oportunidades de epifanias que fundamentaram o nosso estilo. Se você é praticante do nosso estilo, por favor sinta-se convidada(o) para comentar e contribuir com esta conversa sobre o uso de armas dentro do Ki Aikido. Andrei Moscheto coordenador do Instituto Shukikan
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