Enquanto escrevo este blog está em vias de encerrar a COP 27, o encontro sobre mudanças climáticas das Nações Unidas. Este é um daqueles eventos que não parecem fundamentais, porque muito se fala e sempre parece que poucas ações são efetivamente tomadas. Mas isso não é verdade.
Pessoas com consciência climática sabem que é necessário tomar medidas urgentes para que possamos preservar o planeta em que vivemos. Nenhuma dessas decisões será fácil, porque elas mexem em hábitos e lobbies financeiros estabelecidos. Se já é difícil para um ser humano mudar, imagine um país, um continente, um planeta de 8 bilhões de pessoas?
As mudanças difíceis tem que começar em algum lugar, seja numa conversa, numa política pública de um dos países, em algum lugar. Mas precisa começar, o movimento precisa acontecer. Porque a outra opção é a inação, deixar como está, não se colocar em movimento.
Abrindo para um assunto mais complexo, que vou passar e fugir: por que o fascismo é tão atraente para uma parcela da população? Porque ele finge que tudo pode ser fácil, que basta uma decisão e pronto, é só eliminar um inimigo, basta acabar com aquele que não somos nós e tudo será maravilhoso - ou seja, tudo mentira. Na vida real mudanças tomam tempo, convencer todos os envolvidos toma tempo, efetivar ações reais tomam tempo. Então, quanto antes começar, melhor.
Como ser humano que realmente gostaria que tivéssemos sucesso em permanecer vivos pelas próximas gerações, eu tenho esperança que ações como a COP27 repercutam nas decisões governamentais dos próximos anos a ponto de começarmos a antever soluções ambientais reais para o nosso mundo. E que nós, pessoas jurídicas e físicas, possamos tomar decisões que mudem para melhor a nosso vida pessoal e comunitária.
Andrei Moscheto
coordenador do Instituto Shukikan
imagem original de Aleksandar Pasaric
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