O ano começou. Quer dizer: alguns brasileiros consideram que o ano começa MESMO só depois do carnaval. Mas, para efeitos gregorianos, para grande parte da nossa comunidade, a segunda-feira após o recesso das festas de final de ano é o dia em que o ano começa - pelo menos as contas nos lembram que a vida não parou.
Viradas de anos são sempre momentos em que é possível fazer acordos consigo mesmo de mudança. Afinal, todo o nosso planeta chega no acordo que, de 1 de janeiro em diante, estamos neste novo ciclo de rotação ao redor do nosso sol. Há um frisson de mudanças no ar, então por que não mudar a si mesmo, não é?
Ler mais livros?
Fazer mais exercícios?
Parar de fumar?
Entrar mais em contato com família e amigos?
Ser mais calmo? Mais ativo? Mais sei-lá-quanta-coisa?
É válido querer mudar pra melhor. É o desejo de cada um de nós. Mas a mudança abrupta raramente gruda nos nossos hábitos. “Não vou comer mais doces”, do nada, pode ser eficiente por três dias e, depois, causar uma recaída de excessos e exageros. “Farei exercícios todos os dias”, sem dosagem, pode causar lesões que impeçam a continuidade de um hábito saudável de vida.
Então, nesta virada de ano, se comprometa em algo, só um pouquinho, como se cada novo mês fosse um ano novo diferente. Em janeiro comece a ficar mais ativo. Em fevereiro ligue mais pros amigos. Em março leia um livro a mais. Dê tempo para que o novo hábito pertença a sua vida e, depois, inclua mais um.
Promover mudanças aos poucos ajuda você a se aprimorar e respeita quem você já é.
Andrei Moscheto
professor do Instituto Shukikan
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